terça-feira, 29 de setembro de 2009

A prostituição e suas consequencias



                       Prostituicão
                              
            Isso e crime e pode trazer ricos a sua vida!

A prostituição infantil é um mal presente em todas as partes do país, normalmente envolvendo o crime organizado que alicia crianças e jovens para essa atividade. A prostituição infantil pode acontecer:



Quando uma criança ou adolescente se prostitui nas ruas de qualquer cidade em busca de dinheiro. A criança leva este fim quando é submetida à violência dentro de casa e resolve fugir. Para fugir, necessita de ajuda de terceiros e faz qualquer coisa para ficar livre de casa e de sua família, se submetendo a qualquer tipo de pagamento. Desse modo, iniciam a vida sexual e posteriormente tornam-se escravas do sexo para ganharem dinheiro para comer, se vestir e, principalmente, para se drogar. Normalmente são aliciadas por cafetinas e cafetões, que permanecem por trás da organização, mas há casos de menores que encontram “um ponto” e ali permanecem para vender seu corpo.



Quando um conhecido ou parente usa uma criança ou adolescente a fim de promover seu prazer. Toca a criança para estimulá-la e também coloca a criança para tocá-lo com o único objetivo de usá-la como objeto de prazer. Crianças agressivas com a família, com dores na genitália, com lesões e/ou sêmen no ânus ou na vagina, com preocupações precoces relacionadas ao sexo, com inflamações e hemorragias devem ser examinadas, pois estes são sintomas que uma criança ou adolescente que está sendo ou que foi sexualmente abusada apresenta.



Prostituição infantil é crime de ordem pública, isto é, pode ser denunciada por qualquer pessoa que viu ou presenciou tal fato.

A gravidez na adolescência ainda é uma realidade, e uma realidade cada vez mais assustadora.

Actualmente contam-se aproximadamente 13,5 casos de gravidez indesejada por cada mil adolescentes entre os 15 e os 19 anos.
Se para uma uma mãe não adolescente a gravidez pode constituir fonte de ansiedade, calculem o que ela não constituirá para uma jovem ou uma menininha…










Existem alguns artigos que referem a temática da jovem grávida, entre eles, destaco, um estudo feito pela Universidade do Minho, no qual uma amostra de 161 adolescentes, atendidas na Consulta Externa de Obstetrícia da Maternidade Júlio Dinis (MJD, Porto), no período entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2003, foi entrevistada, durante o terceiro trimestre de gestação, com base no Questionário da Consulta de Grávidas Adolescentes da MJD (Figueiredo, 2000), composto por 125 perguntas fechadas, destinadas à recolha de dados sociais e demográficos, respeitantes à adolescente, ao companheiro e à família de origem, bem como ao levantamento das circunstâncias médicas, psicológicas e sociais de risco em que a gravidez decorre. À semelhança do que tem sido reportado por diversos autores, em estudos realizados em Portugal, assim como noutros países, encontramos, na nossa consulta, uma elevada frequência de casos pertencentes às camadas mais desfavorecidas da população, não obstante a variabilidade social e demográfica da amostra, com predomínio de: baixos níveis de escolaridade, situações de precariedade económica, desemprego e profissões de reduzida qualificação. Os dados indicam também a presença muito frequente de experiências anteriores de vida adversas e de problemas na família de origem, quer da grávida, quer do seu companheiro. Outras circunstâncias desfavoráveis foram observadas, pois muitas vezes a gravidez não foi desejada, não foi planeada, o acompanhamento médico foi tardio e verifica-se consumo de tabaco. Os resultados mostram que uma importante dimensão das dificuldades associadas à gravidez é a drástica mudança que acontece em diversas áreas, particularmente ao nível do estatuto ocupacional, estatuto matrimonial, agregado familiar e relacionamento com o companheiro, que frequentemente se deteriora no decurso da gravidez. Sugerem ainda que a qualidade do relacionamento da grávida com o companheiro e com a família do companheiro e o modo como a gravidez é aceite pela adolescente e pelo companheiro, tanto quanto pela família de origem de ambos, são aspectos determinantes da adaptação da adolescente, a qual é favorecida pelo facto de a adolescente viver com a família, estar empregada e não estar a estudar e o companheiro estar empregado. Em conclusão, este estudo alerta para as dificuldades e situações de risco nas quais a gravidez na adolescência pode ocorrer e contribui para a necessária melhor compreensão da especificidade associada a esta problemática, imprescindível à resposta adequada às reais necessidades das mães. Mostra ainda que uma ajuda suplementar justifica-se em muitos casos, dadas as circunstâncias desfavoráveis em que a gravidez na adolescência se verifica. O insucesso escolar acumulado e as elevadas taxas de abandono escolar do nosso País são por si só dois factores que pesaram certamente nesta elevada taxa de gravidez na adolescência.










Um outro artigo interessante de Adriana Campos:



“Afinal era mesmo verdade… a Joana estava grávida. A barriga já bastante proeminente esclarecera definitivamente as dúvidas que ainda restavam. À memória afloraram os momentos que esta passara nos Serviços de Psicologia e Orientação (SPO) e inevitavelmente colocou-se-me a questão: Qual a minha responsabilidade? O que poderia ter feito no sentido de prevenir que a Joana fosse mãe aos 16 anos, uma vez que falara algumas vezes com ela e com a sua encarregada de educação no SPO da escola? O que fazem as escolas para diminuir a taxa de gravidez na adolescência, já que está é tão elevada no nosso País?



A desproporção entre a idade da Joana e o tamanho da sua barriga e todas estas questões inquietaram-me de tal forma, que decidi procurar identificar claramente os factores que contribuíram para que mais uma jovem em processo de formação e desenvolvimento tenha engravidado. Diversos estudos demonstram que existe uma diversidade de factores associados à gravidez na adolescência, tais como factores individuais, familiares e extra-familiares, nestes últimos pode incluir-se a escola.



Que relação poderá então existir entre a escola e a gravidez na adolescência?



A escola é sem dúvida um contexto de referência na compreensão da gravidez precoce, uma vez que esta surge frequentemente associada ao insucesso escolar, a baixas expectativas quanto ao futuro escolar e profissional, ao abandono escolar e à entrada precoce no mundo do trabalho. O insucesso escolar acumulado e as elevadas taxas de abandono escolar do nosso País são por si só dois factores que pesaram certamente nesta elevada taxa de gravidez na adolescência. Algo não deverá estar a correr muito bem no nosso ensino, já que são demasiados os alunos que chegam ao 2.º ciclo sem competências de leitura e escrita, que lhes permita prosseguir estudos.



Quanto ao abandono, continua a ser encarado com alguma leviandade por parte de algumas escolas: o que abandona a escola é considerado frequentemente pelos professores como menos um a chatear…

A Joana também tinha um percurso escolar marcado pelo insucesso e também abandonara a escola, a sua gravidez surgira posteriormente ao abandono.”



Após esta reflexão houve um dado que me deu alguma tranquilidade. Já depois de a Joana ter abandonado a escola, contactei a família no sentido de que esta integrasse um curso profissional. Apesar de ter sido admitida no referido curso e de se ter mostrado muito motivada inicialmente, acabou por desistir de o frequentar. Foi uma oportunidade que a Joana não foi capaz de aproveitar e que poderia ter quebrado o ciclo. Infelizmente muitas jovens não têm sequer oportunidade de quebrar este ciclo porque frequentemente o abandono é visto como um problema da família e não como uma luta que a escola tem de ajudar a travar. Felizmente, pouco a pouco, as mentalidades parecem estar a mudar.


Leia analise e se cuide bem para não vir oa caso:

- Mãe, tô grávida.


- Tá.

- Mãe, você ouviu o que eu falei? Eu tô grá-vi-da.

- Ouvi e entendi. Agora vai tirar a farda e vem almoçar que teu pai já tá chegando.

- Então, é isso? “Tá”?

- Ué, o que tem de mais? Tá grávida, ta grávida, ponto.

- Mãe, eu tô falando de um bebê!

- Normalmente é isso o que uma gravidez significa: um bebê.
- Mas mãe, eu só tenho quinze anos!

- E eu não sei? Me lembro bem da noite em que você nasceu. Teu pai apavorado pra me levar pra maternidade, a bolsa estourando dentro do carro...

- E você já parou pra pensar que esse bebê não vai ter um pai por perto na hora de eu ser levada para a maternidade?

- A gente dá um jeito.
- Até parece que estamos falando de uma estante que você ganhou no bingo da quermesse. Não tem lugar em casa pra colocar, mas a gente dá um jeito.

- Se você quiser, a gente tira a estante e coloca o berço no lugar.

- Ah, entendi, a senhora está chocada, ainda não caiu a ficha.

- Não, filha, entendi muito bem. Você está grávida, é um risco que se corre quando se faz sexo.

- Você sabia que eu estava transando com o Biliardo?

- Como que eu ia saber? Você não me falou nada.

- E como que eu iria falar alguma coisa se você nunca me deu qualquer orientação sobre sexo? Aliás, nem sobre menstruação. Eu apavorada porque estava sangrando e a senhora nem aí. Se não fosse a professora pra me explicar...

- Ora, querida, a vida é sua, o corpo é seu, por que eu me meteria nas suas intimidades?

- Você já pensou que se tivesse se metido em minhas intimidades essa gravidez poderia ter sido evitada?

- Sempre ensinei você a não se meter na vida dos outros, por que eu iria me meter na sua?

- Você é minha mãe!

- E faço minha parte direitinho. Pago tua escola, tuas roupas, tua comida, tuas festinhas de aniversário, teus passeios ao shopping...

- E ser mãe é isso? Apenas uma mantenedora?

- Pra mim, é. Te carreguei nove meses aqui dentro, depois que você saiu e não sabia se virar, te banhei, te alimentei na boca... Mas agora você já é dona do seus nariz, filhinha, não tenho que me meter.

- E é assim que vou ter que me relacionar com meu filho? Amamentar, trocar as fraldas e largar no mundo?

- Aaahhh, filhinha, eu não te larguei no mundo. Você tem um teto, tem carinho e tudo do bom e do melhor que deseja.

- Mas não tenho orientação, mãe!

- Bobagem, a vida ensina mais que qualquer professor.

- A espécie humana evolui há milênios e eu, uma garota do século vinte e um, tenho que aprender levando porrada como aprendiam as mulheres há cinqüenta mil anos? Acabei de perceber que não estou progredindo como membro da espécie, mas regredindo.

- Não faça drama, filhinha, é só um bebê.

- Não quero esse bebê! Quero fazer um aborto!

- Nem pensar!

- Você não disse que é minha vida, meu corpo? Pois então, eu quero abortar.

- Meu amorzinho, entenda, aborto é ilegal. Você estaria infringindo a lei. Antes de pensar em aborto, você deveria ter pensado em preservativo, pílula anticoncepcional ou pílula do dia seguinte.

- Pensar como? Que orientação eu tive a respeito dessas coisas? Quem deveria me ensinar sobre isso não o fez. Queria que eu aprendesse como? Por osmose?

- Por que não me perguntou?

- Perguntar como, mãe, se eu nem sabia da existência dessas coisas? Ou melhor, saber eu sabia que existiam, mas sei lá como se usa, pra quê, de que maneira...

- Pois que pesquisasse. Nós pagamos a melhor escola da cidade pra quê se teus professores não te ensinam o que deve saber?

- Você está transferindo a responsabilidade natural que você tem, a de orientadora, para a escola. Lá eles me ensinam muito, sim, senhora, mas em outros campos, não no de minhas relações pessoais.

- Pois deveriam...

- Não deveriam, não. Certas coisas eu deveria aprender pelos meus pais, mas eles não se preocuparam em ensinar.

- Você sai por aí trepando com qualquer um e a responsabilidade é nossa, minha e do seu pai... Bonito, isso.

- Pelo visto, vou continuar sem orientação e sem apoio... Mais um motivo para eu abortar.

- Pense no seu pai, na carreira dele. Um homem com a importância dele, um dos baluartes da moral da sociedade, não pode ser constrangido se a notícia que a filha dele fez um aborto chegar aos jornais. Já pensou no escândalo?

- Você está preocupada com a carreira do papai e nem aí para esse bebê. Que ridículo!

- Essa criança vai precisar de roupas, alimentação, médicos, remédios, escolas e um monte de coisas mais, não vai?

- Vai, lógico.

- Para ter tudo isso é preciso dinheiro, certo?

- É.

- Você não trabalha , eu também não e, provavelmente, o moleque que te enxertou também não. Tô certa?

- É, tá.

- Pois é, filhinha, só podemos contar com a carreira do seu pai. Natural que nos preocupemos com ela.

- Oquei, então pense comigo: já pensou no escândalo que vai ser a digníssima filha do excelentíssimo senhor juiz de direito, de apenas quinze anos, grávida de um filho de motorista de táxi?

- Vixe, é mesmo. A gente vai ter que mandar você estudar fora.

- Como que vou estudar fora com um bebê pra cuidar?

- Eu e seu pai ficamos com a criança. Dizemos que a adotamos. Isso vai soar muito bem para a sociedade. Já pensou? “Doutor Libório e sua solidária esposa adotam criança órfã de mãe solteira”. Nossa! Íamos ganhar ainda mais respeito e notoriedade.

- Ao invés de adotar, por que não falam a verdade? Por que não dizem que estão criando seu neto, que vocês são os avós da criança?

- Avós? Ai, meu deus! Eu, avó? Tão jovem, tão bonita, tão elegante, avó? Jesus Cristo! Eu não quero ser avó! Vamos fazer o seguinte, não conta nada pro seu pai sobre a gravidez. Traz a lista telefônica, vamos tentar encontrar um médico que faça aborto.

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